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Restaurante Farabbud comemora 15 anos com lançamento de livro

Paixão e temperos mágicos passando de pais para filhos. A história do Farabbud, marco da culinária árabe de São Paulo, fica agora eternizada no livro comemorativo dos seus 15 anos, Farabbud, uma História. O restaurante completa aniversário em novembro, mas já está em clima de festa. A casa ganha páginas dedicadas às histórias, curiosidades, depoimentos de colaboradores e clientes e receitas de 15 pratos de sucesso, um para cada ano de existência, além de uma receita da matriarca da família, que será incorporada ao menu no mês de aniversário.


Farabbud, uma História reúne colaborações como o prefácio escrito pelo crítico gastronômico da Folha de S. Paulo, Josimar Melo, um dos primeiros a descobrir a casa na cidade e a decretar, no ano de abertura, 2002, "sobram qualidades na cozinha libanesa do pequeno Farabbud". A apresentação é de Márcio Alemão, roteirista e crítico de gastronomia da revista Carta Capital, também um dos primeiros a destacarem a excelência gastronômica do restaurante. O texto é de autoria da jornalista Flávia Pinho (membro do júri de gastronomia da Revista Sãopaulo e colaboradora de diversos jornais e revistas da área).



Fundado por Paulo Abbud, em 2002, em Moema, zona sul da cidade, o Farabbud é uma homenagem a Suahad Farah e Emílio Abbud. A tradição das famílias de descendências síria e libanesa deu corpo à cozinha do restaurante. Ingredientes de qualidade e "receitas de gaveta" compõem a fórmula de sucesso da casa e estão detalhadas na obra. Em depoimentos saudosos e especiais, Paulo e Claudia Abbud, fundadores da casa, contam como a história começou. Claudia enxergou na pequena casinha, um café londrino na época, um ninho para o surgimento do Farabbud. Já Paulo viu no negócio improvável entre um árabe e um judeu, o então proprietário do local, uma oportunidade para buscar um novo caminho profissional. Os sócios atribuem a longevidade a três pilares: a excelência da comida, o respeito aos clientes e a parceria afetuosa com os colaboradores. Além da tradição sírio-libanesa, os críticos apontam os elementos de vanguarda do Farabbud no cenário gastronômico da cidade. "Os donos do Farabbud não se limitaram a propagar as tradições antigas de seus povos, mas também a enriquecer a integração com os brasileiros através da criação de pratos já nascidos aqui (quem acha que beirute é de Beirute, saiba que não: nasceu em São Paulo, junto com o chocolamour, pelas mãos das famílias que estão na origem do Farabbud)", explica o crítica Josimar Melo.


Nas famílias Abbud e Farah, a tradição gastronômica vem passando de pai para filho desde a década de 1950: com os pioneiros Flamingo Lanches (na rua Augusta), seguido, no bairro do Paraíso, pela lanchonete Dunga, dos tios de Paulo Abbud, Jorge e Fauze Farah, berço paulistano do popular Beirute ou Beyrouth, em sua grafia original. Com um trabalho fotográfico simples e intimista, que revela bastidores da equipe de 38 colaboradores da casa, o fotógrafo Caio Ferrari flagra diferentes etapas da rotina da cozinha. O livro detalha através de imagens e texto a história do local, construída por meio de uma relação de confiança entre donos, colaboradores e clientes. O ambiente acolhedor, com cara de bistrô árabe, aparece também nas fotografias que mostram o dia a dia da casa, que começa bem cedo, com a chegada dos ingredientes, o início do preparo das caftas, do arroz e do quibe cru. Aos poucos, o restante da equipe chega para preparar as esfirras de massa fina ou as que levam até cinco horas para ficarem prontas, como as folhadas, a massa do pão árabe, preparada artesanalmente, e o pão saj, finíssimo e temperado com zaatar e feito na chapa esférica saj, vinda diretamente do Líbano. Ao meio dia, quando a casa abre, a cozinha já está a todo vapor.


O livro também reserva uma seção para pequenos relatos de clientes assíduos e colaboradores que dividem, junto dos donos, a história do local e receitas preferidas. Carinhosamente chamado de "Conversas de Bastidor", o espaço revela a essência do Farabbud: um lugar repleto de afetos. Afetivas também, são as receitas que reúnem ingredientes de qualidade e um toque especial: os truques secretos da vovó Júlia Abbud. Dentre elas, destaca-se a Sopa Herice (exótica sopa de trigo libanês em grão, com filé de frango desfiado, cebola corada na manteiga acrescida e pimenta síria). Outras receitas que fazem parte da história da família e que estão entre as preferidas do cardápio são o Trigo Frique (mistura de trigo grosso, peito de frango desfiado e carne moída coberta com coalhada fresca e hortelã), o Quibe Vegetariano (mix de abóbora e trigo, recheado de alho-poró e queijo cottage, salpicado com palitos de amêndoas coradas na manteiga e servido com espaguete de pupunha, salteado com tomate, cebola e pimenta síria), o Charuto de Couve (enroladinho de folha de couve recheado de arroz e grão-de-bico) até destaques de festivais gastronômicos. Receitas que mostram que a casa incorpora novidades, como o Burger das Arábias (hambúrguer de cafta com coalhada seca, molho de cebola e tomate, servido no pão de mandioquinha).


Como surpresa do livro, uma receita inédita, o Arroz com Açafrão (arroz cozido com galinha caipira com condimentos árabes, grão-de-bico com amêndoas e açafrão-da-terra). Uma receita da matriarca, Suahad Farah Abbud, que sempre teve sabor de festa e encontro familiar e que será incorporada ao menu do Farabbud no mês de novembro, aniversário da casa. Para finalizar, a história do campeão de pedidos nestes 15 anos, o Chocolamour. A receita com sorvete de chocolate com calda quente, chantili e farofa docinha tornou-se patrimônio de família. Originalmente se chamava chocolat mou mud, uma curiosa mistura do francês e do inglês que significava "lama suave de chocolate". Aos poucos, tornou-se chocolamour. A sobremesa que virou moda posteriormente nos restaurantes da cidade.


Tradição e vanguarda sempre marcaram a história do Farabbud e agora tornam-se parte do enredo do livro comemorativo. O livro é o resultado dessa união de sobrenomes, gestos, histórias e sabores. Família que dita moda e história na culinária árabe paulistana. O clã cresceu e hoje os filhos de Paulo Abbud, Patricia e Paulo Abbud Filho, tocam os árabes Manish, no Itaim Bibi, e a rede Saj, marcas mais voltadas ao público jovem, e Renata Abbud administra o Randa, localizado num complexo empresarial no Morumbi, zona sul da cidade. "Este aniversário tem um sabor muito especial para todos nós. Ele marca uma união verdadeira - e que, se depender da família Farabbud, ainda vai durar muito", completa o restaurateur Paulo Abbud. Não à toa, "Farah" quer dizer "luz", em árabe, e "Abbud", alude a um príncipe árabe de Damasco que abdicou de seu trono por amor. Farabbud, literalmente "o cozinheiro da luz", em 15 anos de história.


Ficha Técnica

Título: Farabbud, uma História

Número de páginas: 102 páginas

Formato: 21,5 x 18,5 cm

Texto: Flávia G. Pinho

Fotografia: Caio Ferrari

Preço: R$ 60

Vendas online: http://farabbud.com.br/site_novo/

Gratuito por mesa para os clientes que forem almoçar ou jantar no restaurante durante o mês de novembro.


Serviço:

Farabbud

www.farabbud.com.br

Alameda dos Anapurus, 1253

Moema - São Paulo - SP - CEP 04087-003

Tel. 11 5054-1648

Instagram: @farabbud

Facebook: /Farabbud

Twitter: #Farabbud


Foto: Caio Ferrari.

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