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Assédio sexual foi destaque em pesquisa de mobilidade urbana

Numa escala de 1 a 10, na qual 1 equivale a péssimo e 10 a ótimo, a segurança com relação ao assédio sexual nos ônibus municipais recebeu nota 2,6 – o pior resultado entre 14 aspectos relacionados a esse meio de transporte avaliados pela mais recente edição da Pesquisa de Mobilidade Urbana da Rede Nossa São Paulo e do Cidade dos Sonhos. A maioria 62% dos usuários de ônibus municipais ouvidos pelo IBOPE Inteligência deram nota entre 1 e 2 neste quesito. A íntegra da Pesquisa de Mobilidade Urbana será lançada na próxima quarta-feira, dia 20 de setembro.


A avaliação da segurança em relação ao assédio sexual é mais negativa entre as mulheres do que entre os homens: 69% delas atribuem nota 1 e 2 contra 54% dos homens. Outros segmentos podem ser destacados como mais críticos em relação a este atributo: pessoas com escolaridade de 5ª e 8ª série (74%), aqueles com idade de 45 e 54 anos (69%), os que têm renda familiar de até 2 salários mínimos (61%) e os que não utilizam ou não possuem carro (59% e 54%, respectivamente). Também são mais críticos os residentes das zonas Sul 2 (68%)e Norte 2 (56%) Cabe apontar que para uma melhor compreensão das diferenças regionais, algumas regiões foram divididas em 1 e 2, sendo a 2 a que agrupa os distritos mais distantes do centro expandido.


Os dados mostram que o assédio é mais percebido pelas pessoas que se encontram nas faixas menores de renda e escolaridade e por aquelas que estão nas regiões mais distantes do centro expandido. Isso sugere que além da questão de gênero, há um componente de vulnerabilidade social que permeia a questão.


Perguntados sobre qual o problema que atualmente mais precisa ser resolvido em relação aos ônibus municipais, 7% apontam a questão do assédio, sendo que esse percentual é maior entre jovens de 16 a 24 anos (14%) e entre pessoas que raramente usam automóveis (13%).


O maior detalhamento da percepção do paulistano em relação aos ônibus será apresentado em coletiva de imprensa no dia 20 de setembro. O assunto é fruto da parceria da Rede Nossa São Paulo com o projeto Cidade dos Sonhos, que tem o objetivo de estimular o debate sobre a mobilidade na cidade de São Paulo.


A Pesquisa de Mobilidade Urbana 2017 ouviu 1603 moradores do município de São Paulo a partir de 16 anos entre os dias 27 de agosto e 11 de setembro de 2017.. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro máxima estimada é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados totais. Pesquisa completa será lançada na próxima quarta, dentro da Semana de Mobilidade Urbana Realizada desde 2007 em parceria com o Ibope Inteligência, a Pesquisa de Mobilidade Urbana 2017 revela a percepção da população em relação ao trânsito e ao transporte público na cidade de São Paulo. Os resultados do levantamento deste ano ganham ainda mais relevância tendo em vista que a Prefeitura de São Paulo está para lançar o edital de licitação dos ônibus. Além do assédio sexual no transporte público, outra novidade desta 11ª edição da pesquisa é a pesquisa de opinião sobre a privatização do Bilhete Único.

Foto: Banco de imagens gratuito do Pixabay.

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