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10 dicas para turbinar seu cérebro pelo neurocientista Paul Li

A convite da Wish International Event Management, o ZZ pode acompanhar a palestra de uma das maiores autoridades em neurociência do mundo, o professor Paul Li. “Ciências Cognitivas: como isso rapidamente vai mudar a sua vida” foi o tema da apresentação que encantou e deixou a plateia hipnotizada com uma verdadeira aula sobre o funcionamento de nosso cérebro, memória e aprendizado.


Paul Li, neurocientista e professor de Ciências Cognitivas nas universidades da Califórnia - Berkeley e Stanford

Um dos momentos que mais provocou a plateia foi quando o professor Li apresentou o resultado de uma pesquisa realizada por ele e sua equipe na ocasião do desenvolvimento do aplicativo Lumosity. Acompanhando pessoas de todas as idades, etnias e nacionalidades, chegaram à conclusão de que o cérebro começa a perder sua capacidade de memorização, atenção e velocidade de raciocínio à partir dos 20 anos de idade... Não, isso não foi um erro de digitação, realmente queremos dizer "dois e zero", e aqui a redundância será perdoada e repito: a partir dos 20 anos começamos a perder gradativamente nossa capacidade de memorização, atenção e velocidade de raciocínio.


No entanto, existem meios de minimizar os efeitos desse declínio de nossas funções cerebrais. Podemos substituir a queda brusca e acentuada, como a de uma montanha russa, por uma descida leve e suave que quase nem sentimos, como chegar a praia pela Rodovia dos Imigrantes. São dez dicas do professor Li e a parte da palestra que vamos compartilhar com vocês.


Dez dicas de Paul Li para manter a atividade cerebral saudável durante a vida toda:


1 - Durma


Uma pesquisa realizada na Berkeley University comprovou que o número de horas de sono dos alunos era proporcional ao seu rendimento acadêmico. O grupo que que tinha de 7 a 8 horas de sono por noite eram os mesmos que possuíam as notas mais altas, aqueles com 5 a 6 horas dormidas fizeram pontuações inferiores e assim diretamente proporcional, quanto menor era o tempo de sono menor a colocação no GTA (Grade Point Average).


2. Não se estresse


É uma orientação difícil de seguir na vida moderna, principalmente nas grandes metrópoles, mas vale muito à pena o esforço. O estresse ocupa o topo da lista dos fatores que mais interferem no rendimento acadêmicos dos estudantes. Na mesma pesquisa citada acima, 47% dos alunos alegaram que o estresse atrapalhou sua vida na universidade o tempo todo ou muito frequentemente.


3. Exercite-se


Adultos fisicamente ativos tendem a ter o hipocampo cerebral maior do que aqueles sedentários. Trata-se de um órgão dentro de nosso lóbulo temporal (região das têmporas) que é o responsável pela memória de curto prazo e a área afetada por doenças como o mal de alzheimer. Um hipocampo desenvolvido está totalmente ligado à performance de nossa memória espacial.


4. Recupere o contexto


Com recuperar o contexto, professor Li nos explica que nossa memória terá uma melhor resposta se estivermos inseridos em um contexto parecido com aquele em que a informação foi assimilada. Por exemplo, se uma pessoa decorar uma lista de palavras enquanto estiver tomando banho, ela vai se recordar de todos os itens mais facilmente quando estiver debaixo do chuveiro novamente. Na pesquisa, estudantes que memorizaram palavras em uma sala com aroma de chocolate ou maçã com canela, tiveram melhor performance para recuperar as informações quando estavam em uma sala com o mesmo cheiro.


5. Alimente o cérebro


Nossa alimentação também têm ligação com a performance cerebral. Entre os alimentos que agem a favor de nossa memória estão: peixe, nele os créditos do benefício vão para a ação do ácido graxo DHA presente no alimento; frutas, principalmente a blueberry devido a seus altos níveis de ácido gálico; vegatais, como o brócolis graças a sua alta taxa de vitamina K e colina; chocolate amargo e café, devido aos flavonóides.


6. Exercite o cérebro


O cérebro pode ser desenvolvido e ganhar melhor performance por meio de exercícios, assim como acontece com nossos músculos. Jogos cerebrais, palavras cruzadas, Sudoku, entre outros que desafiam nosso raciocínio devem ser praticados constantemente.


7. Mantenha seu estado emocional


Assim como a retomada do contexto, alcançar o mesmo estado emocional em que se encontrava no momento em que recebe novas informações também facilita a recuperação do que foi memorizado ou aprendido. Por isso, evocar emoções é uma forma de recuperar a memória de fatos traumáticos, por exemplo. Neste tópico, o palestrante fez questão de destacar que informações positivas são processadas mais facilmente pelo cérebro do que informações negativas.


8. Tenha uma vida social


Alunos de Berkeley que eram engajados socialmente e faziam parte de grupos de amigos eram melhor posicionados no ranking da universidade.


9. Aprenda coisas novas


Aprender coisas novas cria novas conexões cerebrais e também melhora a performance de nossa memória. Por exemplo, aprender um novo idioma ou a tocar um instrumento são atividades que estimulam nossa mente e melhoram nossa capacidade de aprendizado, não apenas com o que se está estudando mas em todos os momentos.


10. Busque referências em você mesmo


Chamado de efeito da auto-referência, é comprovado que conseguimos memorizar melhor uma nova informações quando fazemos uma ligação com a nossa própria experiência. Por exemplo, para guardar nomes pode-se fazer uma referência com outras pessoas que você já conhece e que são parecidas.


Sobre o neurocientista Paul Li


De origem americana, Paul Li é professor de Ciências Cognitivas nas universidades da Califórnia - Berkeley e Stanford. É formado em bacharelado em Neurociência Cognitiva na UC Berkeley e completou seus estudos de graduação em neurociência na Columbia University, em Nova York. Ele escreveu para as publicações científicas Scientific American Mind e Psychology Today, além de ter sido o primeiro pesquisador-fundador da Lumosity. Já foi convidado a lecionar em várias universidades pelo mundo, incluindo Seoul National University e The Indian Institutes of Technology.


Claro que, o conteúdo da palestra foi muito além e mais profundo do que as dicas que acabamos de compartilhar. Se algum dia, assim como nós aqui do ZZ, você tiver a oportunidade de acompanhar uma palestra de Paul Li, não perca a chance.



Fotos: Antonio Montano (Paul Li) e Banco de imagens gratuito do Pixabay.



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