A Prefeitura de São Paulo, por meio da iniciativa #TodosPeloCentro, iniciou diálogos com comerciantes e moradores para incluir a Avenida São João no Programa Ruas Abertas, como já acontece na Avenida Paulista e que também deve chegar em ruas da Liberdade. Ou seja, somente pedestres e ciclistas utilizam a via aos domingos e feriados.
Um estudo preliminar feito por técnicos da Prefeitura aponta uma série de vantagens na medida, como estímulo ao turismo e comércio. Haverá uma nova rodada de conversa nesta segunda-feira (31), às 8h30, no Centro Cultural Olido (Avenida São João, 473). As inscrições podem ser realizadas neste link.
Avenida seria interditada do Minhocão até o Largo do Paissandú
Uma análise feita pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) com base na proposta apresentada pela Associação Pró-Centro SP prevê que o Ruas Abertas da São João seja no trecho entre o Elevado Presidente João Goulart e o Largo Paiçandu. O trecho concentra vários atrativos, como praças, restaurantes e museus e facilitaria a conexão de lazer entre o Minhocão e o Vale do Anhangabaú, fomentar as atividades que já são realizadas na região e estimular o turismo e comércio local.
Para Odivaldo Sousa, diretor de Administração do Pró-Centro, a Avenida São João é fundamental para a requalificação do Centro de São Paulo.
“O projeto pode trazer novas empresas e novas lojas para o Centro, atraindo empresários e lojistas. É importante fazer com que a São João se torne um modelo de requalificação das ruas da região, retomando a vocação do centro de comércio e gastronomia, mostrando que além do resgate cultural há também potencial comercial na região”, destacou o diretor na primeira reunião, que foi realizada no dia 18 de julho.
Várias iniciativas estão sendo realizadas ao mesmo tempo para transformar a região de um local de passagem em um destino de permanência, turismo e moradia. Ouvir as opiniões da comunidade para transformar a São João em Ruas Abertas faz parte da estratégia de ampliar as ações da Prefeitura para a requalificação do Centro.
Rodrigo Alves, diretor da Associação Nacional dos Restaurantes, acredita que a medida será uma oportunidade de geração de empregos com a retomada do comércio gastronômico na região central. “O centro estava em um movimento de crescimento dos restaurantes, com novos chefes, antes da pandemia. É uma oportunidade de retomar isso”, disse Alves, que lembra das melhoras na Avenida Paulista após o Ruas Abertas. “Não existiam tantos comércios abertos aos domingos, por exemplo. É preciso perseverança, como todo empreendedor tem.”
Revitalização
O secretário da Casa Civil e coordenador do Comitê Intersecretarial #TodosPeloCentro, Fabricio Cobra, destacou a importância da região para ativação do Centro de São Paulo e falou do sucesso do Programa Ruas Abertas na Paulista.
“O objetivo é ouvir todos os que moram em São Paulo e os que passam por aqui – seja a trabalho, pela cultura ou lazer, o que acham de uma proposta como esta, de tornar a Avenida São João exatamente como é a Avenida Paulista aos domingos, pois esperamos o mesmo resultado. A ideia é tornar essa região uma outra referência na cidade", reforçou o secretário ao público presente no evento.
Zeladoria
Temas como limpeza e segurança foram apresentados pelos participantes do diálogo. Na ocasião, o Coronel Camilo, subprefeito da Sé, destacou as ações da Operação Centro-Limpo, realizada com as equipes da Loga e Sustentare, em diferentes pontos do Centro-Velho e Centro-Novo de São Paulo.
A ação conjunta da Subprefeitura Sé, SELIMP e SP Regula, iniciada em 24 de abril, tem o objetivo é intensificar a coleta nas ruas da região Central, por meio de equipes especiais e intervenções de conscientização.
As melhorias também incluem reforços na varrição, limpeza de galerias, manutenção de gramado, poda de árvores, jardinagem, pichação, limpeza de calçadas, pintura de guias, entre outras manutenções.
Já o Coronel Celso, responsável pela coordenação da Operação Delegada, da Secretaria de Governo Municipal, falou sobre a ampliação do programa no Centro de São Paulo, de 1.200 para 2.400 vagas. A Operação Delegada é realizada por meio de um convênio entre a Prefeitura e o Governo do Estado de São Paulo para que agentes voluntários da Polícia Militar reforcem o policiamento na cidade durante suas folgas.
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